terça-feira, 28 de agosto de 2012

Neurociência e Aprendizagem: em busca do sucesso escolar

Entre as mais valiosas contribuições que a ciência trouxe à atualidade, nenhuma se iguala aos novos conhecimentos sobre o funcionamento do cérebro, através principalmente da compreensão dos processos neurológicos e neuropsicológicos envolvidos na aprendizagem e nas suas dificuldades.

Enquanto por décadas se atribuiu o fracasso escolar a fatores como política pública educacional, nível sócio econômico das famílias envolvidas, demandas relacionadas ao potencial e a motivação da criança, cuidados familiares deficientes, questões emocionais, métodos pedagógicos erroneamente priorizados por esta e aquela escola, e a capacidade dos profissionais para ensinarem mais e melhor, pouco se avançou no diagnóstico e na diminuição do impacto que trazem as dificuldades e transtornos de aprendizagem na vida de cerca de 10% dos nossos alunos.

Foi na década de 90, proclamada nos E.U.A. como "A Década do Cérebro", que tiveram lugar as grandes investigações neurocientíficas, as quais trouxeram a publico, os estudos sobre a percepção, a atenção e a memória, e de forma inovadora, como estes conhecimentos poderiam ser aplicados para melhor compreendermos o processo da aprendizagem.

Embora a idéia de que a investigação neurocientífica possa colaborar com a teoria e prática do campo educacional já tenha mais de vinte anos, os mais atuais meios de investigação, disponíveis especialmente nos países desenvolvidos, é que determinaram o aparecimento do interesse redobrado que hoje se verifica no estudo da neuroaprendizagem de modo que a neurociência e a educação estão cada vez mais entrelaçadas.

E a razão dessa aproximação é simples: o número de crianças, jovens e de adultos cuja vida é negativamente perturbada pelas dificuldades na sua aprendizagem acadêmica, determinou a necessidade de se encontrarem explicações mais precisas para as causas desses problemas, assim como soluções práticas que atendessem às peculiaridades presentes no processo de aprender de todos alunos, especialmente diante das exigências trazidas pela Inclusão Escolar.

Hoje, é praticamente corriqueiro o acesso a referências fidedignas sobre o cérebro na literatura da educação e áreas afins. O resultado das pesquisas sobre os processos envolvidos na aquisição do conhecimento das crianças portadoras de dificuldades escolares é um aporte valioso na tentativa de trazer para a sala de aula melhores e mais eficazes condições de trabalho escolar.

Adquirir novos conhecimentos e comportamentos envolve uma complexidade de fatores interligados e dependentes entre si e nenhum pode ser desconsiderado, pois a prática demonstra que há uma confluência de causas tanto primárias e secundárias, que determinam as condições de aprender de cada aluno em diferentes momentos de seu desenvolvimento.

Entretanto, a partir do momento em que também consideramos seriamente os fatores neurológicos e neurocientíficos como fontes de aproximação ao conhecimento sobre a maneira como o cérebro aprende, e estes nos apresentam indicadores da forma de como potencializar a aprendizagem escolar, nos colocamos enquanto educadores, em posição de fazer uso, de operacionalizar tais conhecimentos científicos em favor de uma ação educativa mais direcionada, muito especialmente nos casos onde os transtornos de aprendizagem se fazem presentes.

Sem desconsiderar os conhecimentos das diferentes áreas que se dedicam ao estudo da aprendizagem e suas desabilidades, mas unindo-se a elas, a neuroaprendizagem constitui um instrumento diferencial para os profissionais que trabalham com a aquisição de novos conhecimentos e comportamentos, quer na escola, quer na clínica e não pode ser divorciada dos outros espaços onde o aprender é indispensável, seja nas empresas, nos hospitais, entre outros. 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Como conseguir o emprego dos sonhos

O sol de domingo nem se pôs ainda e você não consegue tirar a segunda-feira da cabeça. A sensação é horrível e não há nada a ser feito, a não ser esperar - desanimado e com o estômago embrulhado - pela retomada da rotina semanal. Para a escritora e coach canadense Maggie Neilson se você se encaixa neste perfil, está no emprego errado.

Maggie colecionou cargos de liderança em empresas e indústrias do Canadá, ao longo de 20 anos de carreira. Por isso, diz já ter estado dos dois lados da equação: já foi candidata e também já contratou. A experiência acumulada pela executiva serve de base para seu trabalho como coach.

Mulher pulando feliz

A tarefa de Maggie no seu recém-lançado livro “How to find your best job ever” (“Como encontrar o melhor trabalho de toda a sua vida”, sem tradução em português, da Brave New World Publishing) não é das mais fáceis: ajudar o leitor a traçar um plano que o faça ter o emprego dos sonhos. E, tudo isso em pouco mais de 100 páginas.

"Escrevi o livro porque eu vi tantas pessoas nos empregos errados ou trabalharem para as companhias erradas", disse a autora a EXAME.com. "A vida é muito curta para trabalhar em algum lugar que você odeia", completa.

Partindo do pressuposto de que o trabalho consome um terço das horas do dia, a autora recomenda que a escolha do emprego seja tão cuidadosa quanto à escolha de uma pessoa para se casar.

“Infelizmente, a maioria das pessoas deixa a decisão a cargo das empresas: por isso, estamos frequentemente desapontados quando finalmente conseguimos o novo emprego”, diz Maggie. Por isso, em vez de aceitar um emprego apenas por ter sido escolhido, ela recomenda que se inverta a equação. Segundo a autora, é o candidato quem deve ser o agente da escolha.

Em um momento de grande concorrência profissional, a proposta pode soar irreal. Mas com planejamento e empenho, diz a autora, é possível sim garantir uma cadeira em uma companhia da qual realmente queira fazer parte do quadro de funcionários.

Na opinião dela, é fundamental que as pessoas trabalhem em empresas com as quais estejam realmente alinhadas. Do contrário, este um terço do dia que você passa trabalhando vai acabar afetando negativamente os outros dois terços.


Autoconhecimento

De acordo com a autora, este é um dos primeiros e mais importantes pontos para dar o rumo certo à carreira profissional. Saber quem é você, quais as suas características, interesses, valores e habilidades é chave para saber em que tipo de companhia você se encaixa.

"É o primeiro passo porque isso ajuda você a se alinhar às companhias e indústrias nas quais você acredita. Isso vai inflamar a sua paixão e permitir o melhor em você apareça. Quando trabalhamos com paixão propósito ficamos animados cheios de energia e felizes”, afirma a autora.

Se não há tempo a perder, passar por processos de coaching ou mesmo buscar uma terapia são alternativas para acelerar essa busca e encontrar as respostas mais rápido.
Preparando o terreno

O próximo passo é preparar toda a documentação exigida nos processos seletivos. Coloque seu currículo em ordem, acrescente cursos e treinamentos feitos nos últimos meses. Avalie como está sua presença nas redes sociais e prepare-se para a entrevista de emprego.

Não tem uma trajetória brilhante para contar? Tudo bem. Pesquisadores das universidades de Stanford e Harvard apontam que potencial para ser um bom profissional vale mais no currículo do que os resultados já alcançados.

O importante é não mentir. Dados fantasiosos ou “floreados” podem vir à tona e a perda da credibilidade e, consequentemente, da oportunidade de emprego, são inevitáveis nesses casos.

A procura

Com currículo em mãos é hora de buscar as empresas certas. Maggie recomenda que o candidato “não atire para tudo quanto é lado”. Uma busca mais refinada pode resultar em uma lista mais enxuta, porém com mais chances de sucesso.

Qualidade de vida também conta. Nos Estados Unidos, por exemplo, ranking da Glassdoor revela anualmente quais são as empresas que mais têm benefícios para manter a vida profissional e pessoal em equilíbrio.

A campeã deste ano, a companhia sem fins lucrativos Mitre oferece horários flexíveis, academia de ginástica, área de recreação e serviço de aconselhamento familiar.

Os aliados

Sites e empresas especializados em recrutamento e headhunters podem fazer toda a diferença nesta etapa. Se você já possui headhunters em sua agenda de contato, sem dúvida, vai ser mais fácil.

Quem busca progressão na carreira deve procurar manter um bom relacionamento com estes profissionais. Assim fica mais fácil ele se lembrar de você quando uma oportunidade aparecer. Não conhece nenhum? Procure quem conheça. Um colega em comum pode fazer a ponte e encurtar o caminho até a entrevista.

A entrevista       
   
Mantenha a calma e prepare-se para ser questionado. Do campo profissional ao pessoal tudo pode ser tema de entrevista.

A dica é não engasgar e mostrar o quanto está, realmente, interessado, em contribuir para a empresa. Fala informal, deslizes gramaticais, eventuais atrasos e roupas inadequadas são erros fatais. E, como no currículo, a verdade é fundamental.

Aceitar ou não a proposta

Não é apenas o salário que deve ser levado em conta pelo candidato na hora de aceitar ou não o emprego É preciso colocar na balança quais são as perspectivas. Tente vislumbrar um horizonte profissional na nova empresa.

Com tudo a favor, comece com o pé direito no novo ambiente de trabalho. Como diz Maggie Nielson, no livro, o sucesso é a melhor vingança contra aquela sensação horrível de frio na barriga do domingo à noite.
 

Guia Salarial mostra valorização em marketing


Dinheiro no bolso 

O novo guia salarial da Robert Half está disponível. A edição 2012-2013 da empresa especializada em recrutamento mostra as faixas de ganhos nas áreas de Marketing e vendas, levando em conta o cargo, tempo na função e o porte da empresa.
               
Uma novidade na edição deste ano é a inclusão do cargo de coordenador de inteligência de mercado. Outro destaque é a valorização dos analistas de Marketing com até dois anos na função (veja em nossa reportagem).

Os cargos analisados no guia são analista de Marketing, executivo de contas, coordenador de Marketing e comunicação, coordenador de inteligência de mercado, gerente de produto, gerente de trade Marketing, gerente de inteligência de mercado, gerente de marketing, gerente de desenvolvimento, gerente regional de vendas, gerente nacional de vendas, diretor de Marketing e diretor comercial. Veja a edição 2012-2013 do Guia Salarial nas áreas de Marketing e vendas. 

Fonte:http://exame.abril.com.br/carreira/salarios/noticias/guia-salarial-2012-2013-mostra-valorizacao

Brasil é o quarto maior emissor de visto de estudante para a Austrália

Embora esteja a mais de 27 horas de vôo do Brasil, a Austrália é um dos destinos mais cobiçados pelos brasileiros que querem estudar no exterior. Conforme dados do Departamento de Imigração australiano, e tendo como referência o período de dezembro de 2011 até março de 2012, o Brasil está em quarto lugar no ranking de emissores de visto para estudo na Austrália, ficando atrás somente da China, Índia e Coreia do Sul.

Sydney é a cidade mais procurada do "continente-ilha", seguida de Brisbane e região da costa (Gold Coast, Sufers Paradise); Perth, na Costa oeste; e Melbourne, no estado de Victoria.

Segundo a gerente de Educação da Agência de Promoção Comercial e Investimentos do Governo da Austrália, Patrícia Monteiro, em 2011 o governo da Austrália lançou a marca Future Unlimited (Future Sem Limites) para promover o sistema de educação do país e os resultados que podem proporcionar na vida pessoal e profissional do estudante. "Com instituições de ensino muito bem posicionadas e reconhecidas internacionalmente, uma educação australiana realmente oferece um futuro sem limites, com inúmeras oportunidades", destaca Patrícia.

E essa possibilidade torna-se ainda maior, porque o estrangeiro pode trabalhar legalmente na Austrália durante 20 horas por semana no período de aulas, e em tempo integral durante as férias, o que não acontece em muitos países.

Ainda conforme Patrícia Monteiro, 55,8% das matrículas feitas por estudantes brasileiros de janeiro a junho de 2012 foi para os cursos de inglês, seguidas dos cursos de ensino profissionalizante e técnico (36,6%) e ensino superior (6,5%).

Como tirar visto de estudante para a Austrália

Desde fevereiro de 2012 o governo australiano implantou um sistema eletrônico para emissão de visto para a Austrália. É preciso estar conectado ao site do Departamento de Imigração e Cidadania do país, onde os formulários serão preenchidos. A apresentação de documentos extras só será necessária em alguns casos.

Porém, a ajuda de um profissional faz toda a diferença na hora de solicitar o visto, já que o formulário apresenta vários questionamentos, e não pode haver nenhum erro ou incompatibilidade nas comprovações financeiras e de vínculos profissionais e sociais. Para completar, toda a comunicação é feita em inglês, e os comunicados e e-mails também devem ser respondidos neste idioma.

Por estes e outros motivos, o melhor é não correr o risco de ter o visto recusado, e ter que adiar a viagem, conforme recomenda Alexandre Luis Pedrosa, que é diretor daInfovistos, uma das maiores empresas especializadas na emissão de vistos consulares. A dica é contar com a ajuda de quem já conhece os trâmites do processo de requerimento de visto para a Austrália e outros países, como é o caso da Infovistos.

O recado das empresas à geração Y: bom mesmo é dar resultado

Nos últimos cinco anos, as empresas reforçaram a orientação comportamental nos programas de trainees. O objetivo é simples: ajustar as expectativas dos jovens da Geração Y às reais possibilidades das empresas e, sobretudo, ensinar o básico – não há almoço grátis no mundo dos negócios.    
       
O que parte dos jovens só entende quando pendura um crachá é que seu diploma de primeira linha, seus cursos no exterior e sua visão mais ampla do mundo não são um passe livre para o sucesso. Devem ser ferramentas de trabalho para um fim: gerar o máximo de resultado para a empresa.
Executivo com luvas de boxe

A Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Cônsul, é uma das empresas que se preocupam em conciliar as expectativas da jovem geração Y e a realidade do dia-a-dia. A empresa mantém um dos maiores programas de trainee do país. A cada ano, recebe cerca de 15.000 inscrições para preencher entre 25 e 30 vagas. A relação chega a 500 candidatos por vaga – nove vezes mais que o curso de Engenharia Civil da USP de São Carlos, o mais concorrido da Fuvest deste ano.

“Valorizamos os jovens diferenciados, mas esperamos deles resultados diferenciados também”, afirma Andrea Clemente, gerente geral de Recursos Humanos da Whirlpool. “Procuramos deixar claro que o potencial dos jovens tem de corresponder aos resultados que entregam, e lhes damos todo o suporte para isso.”

A hora do “chá”

Não há poção mágica para o sucesso, mas há um “chá”. A sigla é usada pelos especialistas em recursos humanos para definir três características de todo profissional: conhecimentos (aquilo que ele adquiriu na escola, em cursos e na vida), habilidades (a capacidade de colocar esse conhecimento em prática) e atitudes (a capacidade de saber quando usar seus conhecimentos e habilidades de modo construtivo).   

O s rigorosos processos de seleção dos trainees avaliam bem o conhecimento e apenas uma parte das habilidades e atitudes. “É só no dia-a-dia, que os jovens vão mostrar se têm mesmo habilidades e atitudes para progredir”, afirma Celia Marcondes Ferraz, diretora de educação executiva da ESPM.   

C ompreender isso não é trivial para a Geração Y. “Em algum momento do programa de trainees, explicamos que eles são pessoas bem preparadas, mas sem vivência corporativa e que é agora que tudo começa”, diz Celia.

Segundo a professora da ESPM, explicar isso não era uma demanda das empresas há dez anos. A ênfase dos programas de trainees era o desenvolvimento de conhecimentos técnicos, como análise financeira e de mercado e técnicas de negociação. A situação mudou com a chegada da Geração Y. “Antes deles, conteúdos de postura pessoal na organização eram pouco pedidos pelas empresas”, afirma Celia.

Sem cafuné

É claro que as empresas reconhecem muitos méritos na Geração Y. Eles são sim bem preparados e podem usar seu senso crítico e sua inquietação para propor mudanças positivas. E é isso que a Fundação Getúlio Vargas procura lhes mostrar, nos programas de trainees e in company de que participa.

“Procuramos ajudar os jovens a canalizar sua energia para coisas produtivas”, afirma Carmen Migueles, professora da FGV. O ponto principal, segundo Carmen, é incentivá-los a não desistir diante das dificuldades – a famosa resiliência. “Nem sempre as coisas são como queremos em uma empresa, por isso a resiliência é importante”, diz. “Isso significa compreender as dificuldades e se esforçar conscientemente.”

No fundo a sociedade e as empresas estão pagando o preço de adularem demais uma geração de jovens bem preparados. “Os processos duríssimos de seleção aumentam a vaidade dos jovens, que também são muito mimados em casa”, diz Celia, da FGV. O problema é que a mão invisível do mercado não costuma fazer cafuné em ninguém – seja em uma empresa, seja em um jovem bem preparado.

As diferenças entre o empreendedor e o gestor

O primeiro impulso após ter um sonho de empreender é acreditar, e muito além de acreditar é colocar a mão na massa. Trabalhar e trabalhar... Quem acredita que sendo empreendedor vai trabalhar menos, que como colaborador de uma empresa, está profundamente enganado. Se o que te move a empreender, é o pensamento de trabalhar menos, muito provavelmente terá uma grande decepção.

Recentemente assisti a um vídeo do grande Silvio Santos, um dos maiores comunicadores e empreendedores que conheço. No vídeo ele fala de forma bem informal para seus colaboradores, deixa bem claro, entre outras dicas, a que considero mais simples e mais profunda que é:

"Só não segue o objetivo, quem acredita que as coisas são fáceis. Todas as coisas são difíceis, todas as coisas tem que ser lutadas. Quando você consegue uma coisa fácil, desconfie, porque ela não é tão fácil quanto parece. Continue trabalhando, continue apostando na sua intuição, continue com os pés no chão. Não se importe com que sua esposa fala, com que seus filhos falam, com que seus amigos falem. Se importe com que você vive no dia-a-dia. Pelo menos foi assim que eu conseguir ir de camelô a banqueiro" 

Silvio Santos
O ser empreendedor é um ser de comportamentos específicos, confunde-se comumente gerir um negócio com empreender, e nada tem em comum. O administrador é um profissional moldado em esforço no estudo de técnicas administrativas, comprovadas após utilizadas em organizações.

O empreendedor é motivado pelo comportamento e atitude, é alguém que gosta do imprevisto, do risco, da instabilidade de empreender. Certa vez ouvi um amigo dizer que empreender é solitário, e é mesmo, pois as decisões são solitárias. Empreender é absorver as dificuldades, a instabilidade de um ambiente e transformá-lo virtualmente em um ambiente seguro e confortável para quem não consegue lidar com essas variáveis.

Todo os administrador pode ser um empreendedor, mas o empreendedor nem sempre é um bom administrador. Muitos empreendedores quebram por não aceitarem que não são bons gestores e não terem humildade para reconhecer tal fato, procurando aperfeiçoamento ou ajuda de um profissional, de um administrador.

Uma pesquisa do Sebrae2 demostrou que das empresas que se tornaram inativas, 68% tiveram como motivo declarado a dificuldade com habilidades gerenciais.

Estas pesquisas comprovam que fazer um negócio acontecer, é uma coisa e mantê-los saudáveis, depende muito de capacidade gerencial. Neste ponto que reforço a importância do profissional de gestão, capacitado para tal.

O empreendedor pode até gostar de gerir, mas geralmente gosta mais de empreender e são coisas quase que antagônicas, em devidos momentos, atitudes empreendedoras, se olhadas pelo prisma da teoria administrativa, não passaria de total loucura. Posso falar isso, pois, estudei sete anos de administração de empresas e se me dissessem, ainda nos bancos acadêmicos, que tomaria decisões baseadas em intuição, eu consideraria essa pessoa um herege corporativo.

O empreendedor muitas vezes se vale de intuição e bom senso, para assumir o risco, fatores totalmente subjetivos o movem. O que é bom senso para mim, pode não ser para o outro. O empreendedor oferece soluções antes de serviços, vende pelo resultado e nunca pelas características de seu produto/ serviço. Ser empreendedor é uma cultura.

A maioria dos empreendedores cruzaram em seu caminho pelo fracasso, mas se temos 68% de empresas que quebram antes dos quatro primeiro anos, por que não somos comumente defrontados com história de fracasso?

Pesquisando no Google por Histórias de Sucesso ceguei a 7.690.000 resultados contra 1.290.000 de histórias de fracassos. Sabe por que isso acontece?

Espera aí! se somente 32% das empresas sobrevivem nos primeiro quatro anos, por que tão poucas histórias de fracasso? não deveria ser ao contrário?

Essa discrepância estatística se deve ao fato de que o empreendedor conta seus insucessos pela vitória, ou seja, o fracasso foi só uma etapa para conquista da vitória. O empreendedor é resistente ao fracasso e faz dele trampolim para a vitória.

O empreendedor é focado no reconhecimento, até aceita o dinheiro como medalha, mas seu prazer é pela competição. O empreendedor é meio como um atleta, é tolerante a falhas, mas é obcecado pela vitória.

Quando a rotina começa é hora de um empreendimento novo. Esse é o ser empreendedor.



Fui promovido. É o fim da qualidade de vida?


Depois de muita dedicação e trabalho duro, veio, enfim, a promoção. Com isso, você já se despede dos tempos em que a sua responsabilidade na empresa estava limitada ao seu próprio trabalho.     
                  
Você começa se preparar para ir além. E os verbos liderar, orientar, gerenciar começam a ser conjugados. No entanto, a alegria de assumir a nova posição traz aquele incômodo frio na barriga. Será que vou dar conta?

Ficar algumas horas a mais no escritório certamente vai fazer parte da nova etapa da carreira. Afinal, maior carga de trabalho, pressão e cobranças são aspectos inerentes ao novo desafio profissional. Mas, a tão esperada promoção decreta mesmo o fim da qualidade de vida?

Para alguns isso é muito comum, diz Vilella da Matta, fundador e presidente da Sociedade Brasileira de Coaching. “Muitas pessoas não conseguem gerenciar o próprio tempo e acabam não sabendo equilibrar as atividades do dia adia no trabalho e na vida pessoal”, diz.
Promoção requer dedicação e a carga de trabalho aumenta
No entanto, é possível atingir resultados e continuar com uma rotina saudável, dentro e fora da empresa? Confira o que dizem especialistas consultados por Exame.com:

Desequilíbrio temporário

Na opinião da diretora de Negócios da LHH|DBM, Irene Azevedo a má notícia é que, sim, haverá um desequilíbrio. A boa notícia, diz ela, é que é possível que seja por apenas um período. “Os primeiros 90 dias vão necessitar de uma maior flexibilidade, provavelmente vai ter que deixar algumas coisas de lado”, diz.

Para Vilella da Matta, é durante os três primeiros meses que os holofotes se voltam para o recém-promovido ou recém-contratado. “É muito importante identificar se o profissional vai atender às expectativas dentro dos parâmetros que a empresa acredita ser necessário para exercer o cargo”.

“É o período em que você vai fazer a leitura da cultura da organização”, diz Irene. Entender o que se passa e definir as metas são os primeiros passos, na opinião da especialista.  
                      
O objetivo então é garantir a cadeira na nova função. Para isso, o essencial é se planejar. “Identifique rapidamente quais projetos de curto prazo vão trazer resultados rápidos”, diz Irene. Mas, defina também alguns de médio e longo prazo, recomenda a especialista. Assim, não corre o risco de se perder no futuro.

Dedique-se aos projetos escolhidos para conseguir dar uma resposta à organização e justificar sua escolha para o novo cargo. O sucesso nesses três primeiros meses vai trazer fôlego e confiança você se dar bem na nova função.

Defina prioridades

É fato que a sua vida pessoal vai ser preterida nesse período inicial. O importante é decidir o que pode ser deixado de lado com menor prejuízo. “Todo prêmio requer um sacrifício, mas não se pode fazer do sacrifício uma forma de viver. É imprescindível saber gerenciar o tempo que você dispõe, para dar prioridade ao que realmente é importante”, diz Vilella da Matta.

“Não pode deixar de dormir, nem de se alimentar direito”, diz Irene. Boas horas de sono e uma alimentação adequada são o combustível da sua performance. Cansado e mal alimentado será difícil desempenhar bem a nova função.

Encontrar um espaço de tempo para continuar a ter uma atividade física também é uma dica. “A saúde não pode ser deixada de lado”. Além disso, se exercitar dá mais energia para encarar a rotina no escritório.

Com as horas extras de trabalho vai ficar difícil manter a vida social agitada. “O lazer à noite com os amigos pode ficar prejudicado”, diz Irene. O importante, diz Irene, é saber que é apenas uma fase e que em pouco tempo você estará adaptado à nova rotina.

Se o tempo de lazer está mais enxuto, a dica é aproveitá-lo ao máximo. “Determinadas necessidades, como estar com a família, viajar e se divertir podem ser supridas de uma forma qualitativa e não quantitativa”, diz Vilella da Matta.

Na opinião do especialista, o sucesso pode ser alcançado mantendo-se, mesmo assim, a qualidade de vida. “Do contrário, pessoas como Bill Gates e Eike Batista viveriam exclusivamente para os negócios. A grande diferença está no modo de gerar resultados e gerenciar o tempo”, diz.

Fonte:http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/fui-promovido-e-o-fim-da-qualidade-de-vida